segunda-feira, 31 de maio de 2010

Árvore sem fruto


Criança como todo mundo, tive meus momentos de jogar pedra em árvores para delas colher seus frutos. Nunca me incomodei com árvores infrutíferas.
Aliás, “ árvore que não dá fruto ninguém atira pedra.”
O evangelista Mateus, narra um episódio em que Jesus, com fome, procura uma figueira e não acha nela fruto algum. Ele a amaldiçoa decretando a sua esterilidade definitiva. Ela secou imediatamente. O que chama mais atenção nesta história é que Jesus costumava fazer milagres, revertendo situações ruins em boas, mas nesta cena Ele tomou uma atitude não muito comum.
Na verdade, conquanto nos surpreendamos com a atitude de Jesus em amaldiçoar aquela árvore, fica uma lição: quando Jesus percebeu que aquela árvore era estéril e não tinha o que toda árvore frutífera se propõe, frutos, Ele só fez declarar a condição dela, nada mais.
Tem gente assim também, que não tem nada para oferecer. É só galho, folha e plástica. Não tem conteúdo. Não alimenta ninguém, não satisfaz ninguém, não adoça a vida de ninguém. É gente bonitinha com cara de shopping, mas com o interior de deserto e que ainda se acha “o máximo” – figueira sem fruto.
Que Deus não deixe que sejamos árvores infrutíferas, mesmo que alvo de pedras ou da busca de alguém com fome.
Guilherme Carpenter

sábado, 22 de maio de 2010

Sombra e água fresca

A história de Israel registra um episódio extremamente importante para aplicação de verdades bíblicas e espirituais para vida do crente.

Logo após terem saído do Egito, os israelitas caminharam alguns dias e, naturalmente, como não estavam acostumados a andar pelo deserto, seu estoque de água acabou. Logo vieram as reclamações e o arrependimento de terem saído do espaço egípcio e, apesar de terem chegado a um lugar com água, estas eram amargas.

Deus fez o milagre de transformar a água amarga em doce, sob condições de um relacionamento mais íntimo, fidelidade e obediência por parte de Israel. Depois disso caminharam um pouco mais e foram a Elim, onde havia setenta palmeiras e doze fontes de água pura e boa.

Nossa vida é assim também, após sairmos de situações escravizadoras, às vezes nos revoltamos contra a nova condição de vida e agarramos a primeira pretensa solução. Mas nem tudo é o que parece ser – “as águas às vezes são amargas”.

Inobstante às nossas murmurações, Deus faz milagres. Situações amargosas são transformadas e doces.

Entretanto, Deus não delega o seu relacionamento aos feitos que realiza, pelo contrário, chama para o campo pessoal. Isto quer dizer que Deus não quer que estejamos vinculados aos seus milagres, mas à sua pessoa. Além disso, o milagre é uma condição que se impõe na nossa vida para demonstração do poder divino e para resolver a nossa demanda num momento da história.

Deus quer nos levar à condições superiores, como àquela que proporcionou a Israel, qual seja, a abundância de sombra e água fresca em Elim. Para obtermos o milagre de Deus e também a sobeja condição divina é preciso que acreditemos nas mudanças que Ele quer fazer nas nossas vidas, confiemos Nele e obedeçamos ao seu direcionamento.

Ele quer dar aos seus filhos “sombra e água fresca”.
Creia nisso!

Referência: Êxodo 15:22-27

Pr. Guilherme Carpenter

domingo, 16 de maio de 2010

Eu sei, mas não devia


Quero fazer minhas as palavras de Marina Colasanti e que Deus não permita que nos acostumemos...

“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. (...)

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.”

fraternalmente em Cristo,
Guilherme Carpenter

domingo, 9 de maio de 2010

É tempo de prova


Geralmente vemos gente apavorada porque está na eminência de se submeter a um exame em concurso ou em curso regular. O evento da prova visa sempre verificar o conhecimento adquirido durante o tempo de curso. Toda vez que estamos em algum processo de aprendizagem, fatalmente os nossos conhecimentos serão testados para concluirmos a etapa ou prosseguirmos em outra.

Fazendo uma releitura desta realidade secular na esfera espiritual, no nosso relacionamento com Deus, temos que perceber que somos também avaliados pelo Eterno, e não só no conhecimento sobre Ele, mas nas experiências adquiridas na sua convivência. Ao contrário do campo natural, onde o pânico muitas vezes se instala nas pessoas, no espiritual, somos extremamente confortados pela certeza que Deus está nos provando. Se isso está acontecendo é porque está em curso um relacionamento, no qual nós estamos continuamente aprendendo Dele, e mais, Ele está no controle de toda essa interação.

A certeza que fica, é que  a medida que somos provados, somos também aprovados e está em curso a formação do caráter de Cristo em nós.

Pr. Guilherme Carpenter

domingo, 2 de maio de 2010

“Quem é este incircunciso para afrontar o exército do Deus vivo?”


Esta foi a pergunta indignada que o jovem Davi fez ao chegar no local em que estavam acampadas as tropas do exército de Israel, num dos confrontos com os filisteus.

Este episódio de Davi e Golias é muito conhecido, razão pela qual, quero me deter tão somente, em algumas lições que servirão para nossa vida. Vamos lá: o exército de Israel estava abatido e não havia ninguém que enfrentasse aquele gigante. Aí Davi chegou para entregar comida aos seus irmãos guerreiros e viu aquela cena de abatimento total. Ele, por sua vez, não se abateu. Pelo contrário, pronunciou a célebre frase:“Quem é este incircunciso para afrontar o exército do Deus vivo?”. 

Mesmo que haja pessoas abatidas em nossa volta é preciso ter ânimo como Davi, para enfrentar os desafios da vida e isso implica em duas coisas básicas: 

A primeira é indignar-se contra o desafio. 
Aquele vê passivamente o desafio, não o encara verdadeiramente como desafio. É preciso estar do outro lado e de frente para ele, mensurá-lo, avaliá-lo, contra desafiá-lo. Ter ânimo é primeiramente indignar-se contra o desafio; 

A segunda coisa que compõe o ânimo contra o desafio é a nossa disposição para lutar. 
É necessário dispor-se a lutar. Muita gente crítica, questiona, discute, mas isto não adianta muito. Temos que “arregaçar as mangas” e dizer como Davi disse a Saul: “Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele: teu servo irá e pelejará contra o filisteu”. 

Que Deus nos ajude e renove em nós a vontade de enfrentar os desafios e vencê-los, mesmo que eles sejam gigantes. 

Pr. Guilherme Carpenter  

Acesse e compartilhe conosco grandes desafios vencidos com a graça do Pai!

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